Entenda a cobertura da apólice aeronáutica RETA e seus impactos no negócio

A apólice de seguro aeronáutico RETA é uma ferramenta especializada destinada a cobrir a responsabilidade civil de transportadores aéreos e operadores que atuam no segmento de aviação. Em termos práticos, RETA protege contra as indenizações devidas a terceiros em decorrência de danos causados durante a operação de aeronaves, incluindo incidentes envolvendo passageiros, pedestres e propriedades afetadas pela atividade do transporte aéreo. Este conteúdo aborda o que costuma estar incluído na RETA, quais cenários são cobertos, quais são as exclusões comuns e como avaliar propostas para escolher a proteção mais adequada para a sua operação.

O que é a RETA e quem ela protege

A RETA funciona como uma apólice de responsabilidade civil voltada para o transporte aéreo, com foco naqueles que utilizam aeronaves para executar voos, fretamentos, serviços de apoio ou operações de táxi-aéreo. O objetivo principal é assegurar a empresa contra danos a terceiros decorrentes de falhas operacionais, acidentes ou situações em que a atividade de voo impacta pessoas ou propriedades que não fazem parte do contrato de transporte. Em outras palavras, a RETA cobre a responsabilidade civil do transportador por danos causados a terceiros durante a operação da aeronave, desde o embarque de passageiros até o uso de áreas ao redor de aeroportos e instalações relacionadas. É importante frisar que a RETA não abrange danos à própria aeronave (isso fica normalmente com o seguro casco ou hull) nem prejuízos de carga específicos, que costumam exigir apólices especializadas de carga.

Apólice de seguro aeronáutico RETA: o que cobre

Observação importante: essa cobertura não substitui outras apólices de responsabilidade, como RC de carga ou garantias específicas de leasing ou contrato de operação.

Principais coberturas da RETA

A RETA agrega um conjunto de coberturas voltadas a diferentes cenários de responsabilidade civil no contexto aeronáutico. Abaixo estão as linhas que costumam compor a proteção, com foco na responsabilidade sobre terceiros e na defesa em processos legais:

  • Danos corporais a terceiros e passageiros
  • Danos materiais a terceiros e a propriedades relacionadas à operação
  • Custos legais e defesa em ações de responsabilidade civil
  • Danos ambientais decorrentes da operação da aeronave

Estrutura típica de cobertura

As apólices RETA costumam apresentar uma estrutura que envolve limites máximos de cobertura, dedutíveis (franquias), limites por evento e limites agregados anuais. Além disso, há elementos de territorialidade e períodos de cobertura que variam conforme o contrato. Em termos práticos, é comum encontrar:

– Limite por incidente para danos corporais ou materiais a terceiros, definido com base no perfil da operação (voos nacionais, internacionais, fretamento, táxi-aéreo, serviços de apoio, entre outros).

– Limite agregado anual, que contempla o total de indenizações pagas ao longo do ano, ajudando a manter a gestão de risco dentro de uma faixa previsível para o orçamento.

– Deduções ou franquias aplicáveis em determinados eventos ou tipos de danos, que podem influenciar o custo da apólice e estimular a adoção de controles de operação mais rigorosos.

– Extensões territoriais e eventuais ampliações de cobertura para missões específicas, como voos em regiões com requisitos regulatórios adicionais ou operações fora do território nacional, sujeitas a avaliação de risco.

Além disso, a RETA pode incluir serviços de defesa jurídica, assistência em negociações com terceiros e suporte para hídricos e ambientais quando houver responsabilidade civil associada à operação da aeronave. A adaptação desses elementos ao seu negócio depende do tipo de operação, da dimensão da frota, do perfil de risco e das exigências regulatórias aplicáveis ao seu segmento de atuação.

Exemplos práticos de situações cobertas

Para ilustrar como a RETA se aplica na prática, considere a tabela a seguir, que apresenta cenários comuns e a cobertura correspondente. A ideia é oferecer uma visão objetiva de como as situações podem se desenrolar e quais linhas da apólice entram em ação.

SituaçãoCobertura aplicável
Um passageiro sofre lesões durante o embarque, desembarque ou vooDanos corporais a terceiros e passageiros
Danos a uma propriedade de terceiros próximo ao percurso da aeronave (como áreas de solo, estacionamentos ou vias de acesso)Danos materiais a terceiros
Pedido de defesa jurídica em ação de responsabilidade civil movida contra o transportadorCustos legais e defesa
Contaminação ambiental causada por vazamento de combustível durante uma operação de pouso/reabastecimentoDanos ambientais

Exclusões comuns e cuidados ao contratar

Como qualquer apólice, a RETA traz limitações e exclusões que o segurado deve conhecer para evitar surpresas. Entre as mais frequentes, destacam-se:

– Danos resultantes de atos intencionais ou de participação direta do segurado em condutas ilícitas.

– Danos decorrentes de guerras, atos de terrorismo ou tumultos com determinadas condicionantes, conforme as cláusulas contratuais da apólice e o enquadr

Apólice de seguro aeronáutico RETA: compreensão prática das coberturas

O que a RETA cobre na prática

A RETA oferece amparo para eventos ligados às operações aeronáuticas, abrangendo danos causados a pessoas e a propriedades envolvidas direta ou indiretamente com a atividade de transporte aéreo. Além disso, a apólice contempla a defesa jurídica em ações de responsabilidade civil movidas contra o operador e, quando couber, a compensação por danos ambientais decorrentes de incidentes de operação. A ideia central é assegurar que o transportador possa conduzir suas atividades com respaldo financeiro suficiente para lidar com consequências legais e reparos sem comprometer a continuidade do negócio.

  • Lesões físicas a ocupantes, tripulantes e a terceiros durante fases de embarque, voo ou desembarque, incluindo situações de aproximação e manobra.
  • Danos materiais a propriedades de terceiros localizadas ao longo da rota de operação e em áreas de apoio à operação, como pátios, estacionamentos e vias de acesso.
  • Custos legais, custódias e despesas de defesa associadas a ações de responsabilidade civil movidas contra o transportador.
  • Danos ambientais resultantes de vazamentos de combustível ou de outros insumos durante operações de pouso, reabastecimento ou manobras em solo.

Como as coberturas se ajustam ao seu cenário

Os limites de cobertura, as franquias e os sub-limites devem refletir o perfil da frota, o tipo de operação (comercial, fretada ou de carga) e as áreas geográficas de atuação. Em operações com maior exposição a terceiros e a áreas sensíveis, é comum exigir limites agregados mais robustos e considerar coberturas adicionais para riscos específicos, como danos a infraestruturas públicas próximas aos corredores de voo ou às áreas de manobra.

Aspectos práticos da contratação

Analise itens como a necessidade de limites separados para danos a pessoas e danos a propriedades, bem como a inclusão de cobertura para defesa administrativa, processos administrativos e penalidades cabíveis nos casos em que se aplicam. Faça um levantamento cuidadoso das exclusões, especialmente aquelas ligadas a atos intencionais, guerras, terrorismo e riscos políticos, para evitar lacunas de proteção.

Gestão de sinistros e cooperação com a seguradora

Durante o sinistro, registre imediatamente os fatos, colete evidências, relatos de terceiros e documentação médica quando houver vítimas. Informe o ocorrido à seguradora dentro dos prazos estabelecidos, mantenha a comunicação clara e forneça todos os documentos solicitados para facilitar a avaliação e a defesa adequada.

Para orientar a escolha e adaptar as coberturas à realidade da sua operação, a GT Seguros oferece consultoria especializada, comparação de propostas e apoio na negociação de condições que protejam o seu negócio de forma equilibrada. Fale com a GT Seguros e encontre a solução ideal.