O que envolve a proteção de equipamentos: alcance, limites e cenários de uso

Um seguro de equipamentos é uma solução de proteção essencial para empresas que dependem de ativos físicos para manter operações, manter a qualidade de serviços ou realizar entregas com eficiência. Diferente de uma cobertura genérica, esse tipo de seguro costuma ser personalizado para cada negócio, levando em conta o tipo de ativo, o ambiente onde ele fica, a forma de uso e as possibilidades de sinistro. Nesta leitura, vamos explorar o que, de fato, está coberto, quais itens costumam ser segurados e como selecionar a apólice que melhor atende às necessidades da sua empresa.

Quais ativos costumam ser segurados

As apólices de seguro de equipamentos costumam contemplar uma ampla variedade de ativos, que vão desde máquinas pesadas até dispositivos tecnológicos de uso cotidiano. Abaixo, estruturas comuns que costumam compor a carteira de bens segurados:

O Que o Seguro de Equipamentos Cobre?

• Máquinas e equipamentos industriais: tornos, fresadoras, prensas, serras, compressores, geradores, bombas, equipamentos de usinagem e outros ativos fixos ou móveis de produção. Esses itens costumam representar parte central da operação e, por isso, recebem atenção especial na avaliação de risco e no valor segurado.

• Equipamentos de tecnologia e informática: servidores, racks, equipamentos de rede, desktops, notebooks, tablets, monitores, impressoras, caixas de som, câmeras de vigilância e equipamentos de áudio/visual empregados em eventos ou em estúdios. A proteção de TI nem sempre se resume a falhas técnicas; danos físicos também podem impactar a continuidade dos serviços.

• Ferramentas e instrumentos portáteis: ferramentas manuais, ergômetros, medidores elétricos, calibres, equipamentos de soldagem, entre outros. Muitas empresas arcam com o risco de extravio, roubo ou dano acidental durante manuseio externo ou deslocamentos entre locais de trabalho.

• Equipamentos especializados para serviços externos: veículos equipados com ferramentas, drones para inspeção de obras, geradores para canteiros de obras, equipamentos de iluminação para eventos e similares. Nesses casos, a proteção costuma contemplar tanto o bem em si quanto, em alguns casos, itens de reposição ou aluguel de substituição.

• Bens alugados ou arrendados: muitos contratos envolvem aluguel de equipamentos para projetos temporários. As apólices costumam prever cobertura para ativos alugados, com regras específicas sobre responsabilidade do tomador, limites de indenização e processos de devolução.

É essencial que, na hora de contratar, o corretor ou a seguradora avaliem o tipo de bem, o uso típico e o valor de reposição ou de aquisição para definir o valor segurado e as coberturas necessárias. A documentação de cada item – nota fiscal, número de série, fotos e localização – facilita a valoração e reduz o tempo de análise em caso de sinistro.

Principais riscos cobertos

As apólices de equipamentos costumam prever um conjunto de riscos materiais que causam danos diretos aos bens segurados. A lista pode variar conforme o contrato, mas, de modo geral, as coberturas costumam incluir:

  • Incêndio, explosão, queda de raio e danos elétricos que afetem o funcionamento de um equipamento seguro;
  • Roubo ou furto qualificado dos bens segurados, incluindo a proteção de itens quando estiverem em trânsito ou em locais externos, conforme a política;
  • Danos acidentais decorrentes de manuseio incorreto, queda, choque ou impacto durante operação, transporte ou armazenamento;

Além disso, algumas apólices podem prever proteção adicional para danos causados por fenômenos naturais, como alagamentos ou vendavais, desde que esses eventos estejam contemplados no contrato. É comum também a inclusão de cobertura para danos ocorridos durante manutenção ou inspeção, desde que haja relação direta com a operação do equipamento.

Coberturas adicionais que fortalecem o seguro

Para reforçar a proteção, muitas empresas optam por coberturas adicionais que ampliam o raio de atuação da apólice. Seguem itens que costumam fazer parte dessas opções, sempre alinhados às necessidades do negócio:

  • Transporte, manuseio e uso fora do local: cobertura de danos ou perdas envolvendo deslocamento entre unidades, obras ou clientes, incluindo contornos de responsabilidade durante o transporte;
  • Quebra acidental, falha mecânica ou elétrico-eletrônica: proteção específica para falhas que não decorrem de desgaste natural, atendendo a peças sujeitas a paradas programadas ou imprevistos;
  • Reposição por valor de reposição ou valor atual de mercado: escolher entre reposição do bem por novo ou indenização baseada no valor de compra atual, o que pode impactar o custo da apólice e a indenização;
  • Assistência técnica, substituição e mão de obra: apoio para reparos, peças de reposição e, quando necessário, fornecimento de equipamento reserva para manter a continuidade das operações.

É importante revisar com o corretor quais coberturas adicionais estão disponíveis e quais cabem ao seu perfil de risco, pois cada negócio pode ter necessidades distintas. Uma visão clara das coberturas disponíveis ajuda a evitar lacunas na proteção.

Como funciona a indenização e os procedimentos

Quando ocorre um sinistro envolvendo equipamentos, o processo de indenização costuma seguir etapas bem definidas. Embora os procedimentos possam variar entre seguradoras, o fluxo básico tende a incluir:

1) Notificação do sinistro: registrar o ocorrido com dados como data, horário, local, descrição do dano, itens afetados, número de série e valor estimado. Em muitos casos, é exigida a apresentação de boletim de ocorrência em casos de roubo ou furto.

2) Avaliação de danos e verificação de coberturas: a seguradora pode acionar peritos para avaliar o dano, confirmar a vigência da apólice, os limites de cobertura, o valor segurado e as franquias aplicáveis. A avaliação pode considerar o valor de reposição ou o valor de aquisição, conforme a escolha da apólice.

3) Indenização: com a conclusão da avaliação, a seguradora define a indenização de acordo com o tipo de cobertura. Em determinados cenários, pode haver deduções de depreciação, franquias ou limites máximos por item ou por evento. O pagamento pode ocorrer como reposição do bem, reembolso de despesas ou repasse de crédito para aquisição de novo equipamento.

4) Reposição e continuidade operacional: após a indenização, é comum que as empresas busquem substituição rápida de ativos para manter a continuidade dos serviços. Em alguns contratos, a assistência inclui equipamento reserva ou contratação de serviços de aluguel para manter a atividade durante o reparo do bem original.

Para reduzir o tempo de processamento e evitar contratempos, é fundamental manter atualizados os dados dos bens segurados (valor, localização, estado de conservação, fotos e documentos), além de comunicar rapidamente qualquer mudança relevante, como aquisição de novos ativos ou venda de equipamentos não utilizados.

Exemplos práticos e validação de coberturas

Vamos considerar alguns cenários comuns para entender como as coberturas se aplicam na prática. Suponha que uma fábrica utilize máquinas CNC, um datacenter com servidores e uma equipe móvel com ferramentas portáteis para reparo em campo.

1) Incêndio em área de máquinas: a máquina CNC sofreu danos em decorrência de curto-circuito e incêndio. A cobertura de danos materiais entra para indenizar a substituição ou reparo, conforme o valor segurado escolhido. Se houver limitação de franquia, o custo residual fica sob responsabilidade da empresa até atingirem o valor de franquia.

2) Roubo de notebooks e equipamentos de TI em escritório externo: o roubo qualificado abrange os itens descritos no inventário, com a devida documentação. A indenização pode ocorrer com base no valor de reposição ou no valor de aquisição, dependendo da modalidade escolhida.

3) Dano durante transporte para visita a cliente: se uma caixa com ferramentas for danificada em trânsito, a cobertura de transporte pode indenizar o dano, evitando impacto direto na operação de campo.

4) Falha elétrica em gerador de energia de canteiro de obras: os danos decorrentes de falha elétrica podem ser cobertos, desde que estejam dentro das condições da apólice, com avaliação do perito para definir a extensão da indenização.

Tabela rápida: componentes-chave de uma apólice de equipamentos

CoberturaO que cobreObservações
Danos materiaisIncêndio, explosão, raio, curto-circuito, danos por impactosFoco nos bens segurados; manter lista atualizada
Roubo e furtoRoubo qualificado ou furto dos equipamentos seguradosBO, documentação de aquisição e de inventário costumam ser exigidos
Transporte/uso fora do localDanos durante deslocamento entre locais ou uso externoLimites podem variar conforme a apólice; verificar cobertura específica

Como escolher a apólice certa para seus equipamentos

Para selecionar a melhor solução, leve em consideração alguns pontos-chave:

  • Inventário atualizado: cadastre cada item com valor, número de série, localização e condições de uso.
  • Tipo de valor segurado: reposição a novo, valor de aquisição ou valor de mercado; cada opção tem impactos no valor da mensalidade e na indenização.
  • Âmbito de cobertura: restrinja ou amplie a proteção conforme o ambiente de operação (interno, externo, transporte, campo etc.).
  • Franquias e limites: entenda quanto você paga do próprio bolso em cada sinistro e quais são os limites por item e por evento.

Além disso, avalie a possibilidade de combinar o seguro de equipamentos com apólices adjacentes, como seguro de responsabilidade civil empresarial ou de interrupção de negócios, que podem oferecer uma visão integrada de proteção para a cadeia de operações.

Uma boa leitura de apólice envolve comparar coberturas, valores segurados, carências e franquias. Leve em conta a criticidade de cada ativo para o negócio e como a ausência de um bem pode impactar a continuidade da operação. A clareza entre o que está incluído e o que não está incluso evita surpresas quando o sinistro chegar.

Para a maioria das empresas, a clareza sobre o que está coberto é tão importante quanto o próprio custo da apólice.

Ao final, lembre-se: o seguro de equipamentos não é apenas sobre o custo mensal. Trata-se de reduzir vulnerabilidade, assegurar a continuidade das operações e preservar o valor dos ativos que movem o seu negócio.

Se estiver revisando a proteção atual ou desejar explorar opções que possam se ajustar melhor ao seu cenário operacional, vale considerar uma cotação com a GT Seguros.