Quem oferece seguro de avião e como escolher a seguradora certa para a sua operação

O seguro de avião é um nicho estratégico dentro do mercado de apólices, com especificidades que vão muito além de um seguro tradicional. Operadores de aeronaves, desde proprietários de aviões de uso particular até empresas de fretamento e companhias aéreas, precisam de coberturas adaptadas às particularidades de cada tipo de voo, manutenção, rotas, cargas e padrões de operação. A resposta à pergunta Qual seguradora faz seguro de avião? não é simples, porque envolve fatores como o perfil da aeronave, o uso pretendido, o histórico de sinistros, as bases de operação e as exigências regulatórias. Este artigo apresenta o panorama, identifica os principais players no Brasil e no exterior, explica as coberturas mais comuns e aponta caminhos práticos para quem busca proteção adequada com condições competitivas.

Panorama do seguro de aviação: o que cobre e como funciona

O seguro de aviação costuma ser composto por várias linhas de cobertura, cada uma com funções específicas para proteger o ativo (a aeronave), seus ocupantes, operações e terceiros. Entre os pilares mais relevantes, destacam-se:

Qual Seguradora Faz Seguro de Avião?
  • Hull (casco da aeronave): cobertura para danos ou perda total da aeronave em acidentes, incêndios, colisões, fenômenos naturais ou falhas mecânicas durante o voo ou em solo.
  • Responsabilidade civil de terceiros (third-party liability): proteção para danos a terceiros, incluindo responsabilidade por lesões de passageiros e danos a propriedades de terceiros resultantes de operações da aeronave.
  • Responsabilidade de passageiros, tripulações e terceiros: cobertura para reclamações de passageiros, tripulação ou outras pessoas envolvidas em incidentes, incluindo custos legais.
  • Riscos de guerra, terrorismo e paralisação de operações: seguros específicos para eventos de maior gravidade que fogem do controle do operador, como atos de hostilidade, distúrbios ou interrupção de serviços.

Além dessas linhas principais, muitas apólices de aviação incluem extensões ou coberturas adicionais, como responsabilidade de operadores (por danos causados pela operação da aeronave), perdas financeiras decorrentes de interrupção de negócios (business interruption), danos a hangar e equipamentos de terra, bem como cobertura para equipamentos de manutenção e peças de reposição durante o transporte e armazenamento.

Importante reforçar que o mercado brasileiro, embora concentre players globais, exige que a corretora e a seguradora negociem de forma alinhada às características locais, incluindo normas da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) e regulamentos de importação de peças, bem como as particularidades de cada tipo de aeronave (aeronaves leves, jatos executivos, aeronaves cargueiras, etc.). O prêmio é influenciado por fatores técnicos, operacionais e geográficos, e não apenas pelo valor contábil da aeronave.

Quais são os players que costumam atuar no seguro de avião

O seguro de aviação é tradicionalmente atendido por grandes grupos com divisão específica para aviação, atuando com apólices de longo prazo, clientes corporativos e operações com maior complexidade. Entre as seguradoras com atuação relevante no mercado global, destacam-se:

  • AXA XL (parte do portfólio de aviação da AXA XL, reconhecida pela estrutura de programas de aviação complexos e pela capacidade de gestão de riscos global).
  • Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS) (portfólio robusto de aviação, com soluções para empresas aéreas, fretamento, heliportos e proprietários de aeronaves).
  • Chubb (produtos de aviação para diferentes perfis de cliente, incluindo aeronaves leves, jatos executivos e operações de fretamento).
  • AIG (lines de aviação para proprietários, operadores e frete, com opções de pacotes que contemplam hull, responsabilidade civil e riscos adicionais).
  • Zurich (presença global em aviação, com coberturas para casco, responsabilidade civil e soluções complementares).
  • HDI Global (seguradora com atuação em risco técnico, incluindo aviação, com foco na gestão de grandes riscos industriais e logísticos).

É comum que o mercado brasileiro utilize uma combinação de participantes globais e produtos especializados oferecidos por redes de corretores que trabalham com várias companhias. Em alguns casos, a operação envolve o uso de corretores de seguros que possuem acordos com várias seguradoras e com programas de risco de aviação, facilitando a colocação de risco conforme o perfil da aeronave e da operação. Além das seguradoras diretas, o mercado também recorre a resseguro para distribuir parte dos riscos entre entidades internacionais, garantindo capacidade para horizontes de cobertura mais amplos e limites elevados, quando necessário.

Para quem atua no Brasil, é comum que o processo de cotação envolva a apresentação de informações técnicas detalhadas sobre a aeronave, o plano de voo, o programa de manutenção, histórico de sinistros, experiência do piloto e a base de operações. Esses elementos ajudam a calibrar o prêmio e a selecionar o conjunto de coberturas mais adequado. Um diferencial de mercado é a capacidade de estruturar soluções customizadas que combinem casco, responsabilidade civil, interrupção de negócios e proteção de ativos de infraestruturas a partir de um mesmo contrato.

Coberturas comuns e limites: como entender o que está incluso na apólice

Categoria de coberturaO que cobreQuem oferece com frequência
Hull (casco)Danos ou perda total da aeronave, independentemente de quem seja o culpado, em acidentes, colisões, incêndios, fenômenos naturais ou falhas técnicas.AXA XL, Chubb, AGCS, AIG, Zurich, HDI Global e demais players globais.
Responsabilidade civil de terceirosDanosa a terceiros: danos materiais, lesões corporais ou morte de terceiros resultantes de operações da aeronave.Praticamente todos os grandes players de aviação.
Responsabilidade de passageiros e tripulaçãoReparação de danos ou compensações a passageiros, tripulação e terceiros envolvidos.Conjunto de seguradoras com produtos de aviação, conforme a estrutura da apólice.
Riscos de guerra, terrorismo e interrupção de operaçõesPerdas associadas a atos de hostilidade, terrorismo, geopolítica ou interrupção de serviços essenciais à operação.Produtos específicos de guerra e riscos amplos disponíveis em várias seguradoras internacionais.

Observação: nem todas as aeronaves ou operações precisam de todas as coberturas. A seleção depende do tipo de aeronave, do uso (privado, fretamento, operações de serviço), do local de base, da rede de rotas e da tolerância ao risco do proprietário ou operador. A cobertura de hull, por exemplo, pode exigir inspeções técnicas, programa de manutenção aceito pela seguradora e recomendações de hangar adequado para reduzir probabilidade de sinistros.

Além das linhas básicas, é comum que brokers e seguradoras proponham extensões, como cobertura de perda de aluguel (para aeronaves fretadas), danos a instrumentos, peças sobressalentes, responsabilidade ambiental relacionada a operações aeronáuticas e proteções em caso de atraso ou interrupção de voos, que podem impactar diretamente o negócio do operador.

Como escolher a seguradora certa para sua aeronave

A escolha de uma seguradora de avião não deve se basear apenas no preço. A avaliação de riscos, a solidez financeira da seguradora, a qualidade do suporte em sinistros, a experiência da equipe envolvida na gestão de risco e a flexibilidade de condições contratuais são componentes críticos. A seguir, alguns critérios que costumam orientar a decisão:

  • Capacidade de atendimento: verifique se a seguradora tem presença local ou via rede de corretores que entenda as especificidades da operação brasileira e, se aplicável, internacional.
  • Experiência em aviação: casos de sinistros complexos, apoio técnico durante o risco e rapidez na resolução de reclamações.
  • Estrutura de cobertura: se a aeronave é leve ou jato executivo, se há necessidade de cobertura de terceiros, de danos à infraestrutura em solo ou de interrupção de negócio.
  • Condições de renovação: histórico de reajuste de prêmio, exigência de inspeções, atualizações do programa de manutenção e cláusulas de exclusão.

É comum que a negociação envolva o que chamamos de “programa de aviação” — pacotes que integram as coberturas de hull, liability, terceiros e extensões específicas para a operação. Em operações maiores, com várias aeronaves ou frotas, pode haver programas master com condições mais competitivas por volume, limites agregados e termos padronizados que simplificam a gestão de riscos.

Como a GT Seguros pode ajudar na escolha e contratação

A GT Seguros atua como ponte entre o proprietário/operador da aeronave e as seguradoras, com foco em entendimento técnico do risco, navegação entre opções de coberturas e apoio em todo o ciclo de vida do contrato. Entre os serviços relevantes, destacam-se:

  • Análise detalhada do uso da aeronave, carga transportada e rotas, para identificar a combinação de coberturas mais adequada.
  • Levantamento de documentação técnica, histórico de manutenção e dados operacionais, para facilitar a avaliação de risco pelas seguradoras.
  • Negociação de condições comerciais, limites de cobertura, franquias e exclusões, buscando o equilíbrio entre proteção e custo.
  • Integração de serviços de gestão de sinistros, com apoio em toda a etapa de reclamação, from abertura do processo até a atualização de políticas após sinistro.

Para quem está avaliando adquirir ou renovar cobertura, escolher bem a seguradora e o produto exige planejamento. O segredo é alinhar as coberturas ao tipo de operação e ao perfil de risco da aeronave, de modo a obter proteção adequada e preço competitivo.

Ao considerar opções, vale a pena conversar com um corretor que tenha experiência em aviação, porque esse conhecimento técnico pode fazer a diferença entre uma apólice que resolve o problema e uma que deixa lacunas de cobertura. O papel do corretor de seguros é, justamente, traduzir a linguagem técnica das apólices para uma compreensão clara das responsabilidades e dos limites, além de atuar como facilitador na negociação com as seguradoras.

Casos de uso prático: diferentes perfis de aeronaves e operações

Para ilustrar como as escolhas de cobertura variam conforme o uso da aeronave, considere alguns cenários comuns:

  • Aeronave leve de uso particular (monomotor, bimotor): normalmente exige cobertura de hull com limites proporcionais ao valor da aeronave, aliada a responsabilidade civil de terceiros e extensões básicas para passageiros/tripulação quando houver transporte de terceiros.
  • Aeronave executiva com fretamento ocasional: pode demandar, além de hull e terceiros, cobertura de interrupção de negócios relacionada à manutenção, peças de reposição e, possivelmente, seguro de aquisição de peças específicas para reposição rápida.
  • Aeronave de carga em rotas regionais: pode exigir coberturas específicas de responsabilidade de terceiros, danos a mercadorias e, se aplicável, cobertura para interrupção de operações devido a eventos geopolíticos ou climáticos.
  • Frota de aeronaves: programas master com limites agregados, redução de prêmio por volume e consistência de termos entre as unídades, com gestão centralizada de sinistros e renovações.

É comum, ainda, que operações com bases em diferentes países demandem cláusulas específicas para compliance regulatório, transporte de peças e requisitos de seguro em cada jurisdição. A capacidade de adaptar o contrato a essas realidades é um diferencial de mercado que grandes seguradoras e corretores com prática em aviação costumam oferecer.

Chamada final para cotação

Se você está buscando proteção adequada para a sua aeronave, seja ela privada, executiva, de fretamento ou de carga, vale a pena conhecer as opções disponíveis no mercado e comparar condições, coberturas e custos com um parceiro que entenda de aviação. Para conhecer opções sob medida, leve suas informações à GT Seguros e peça uma cotação — a solução pode surpreender pelo custo-benefício e pela cobertura adequada.